segunda-feira, 21 de março de 2011

Alarico: o Gordo

  Era uma vez...
  Uma guria que para chegar ao trabalho tinha que percorrer de bicicleta um trecho de uma rodovia. Numa bela manhã, esta menina estava em seu trajeto quando ouviu miados de filhotes, desceu de sua bicicleta e começou a olhar para os lados procurando os gatinhos, quando um carro passa e um saco começa a se mecher ao lado do carro em movimento. O saco de lixo atado com um nó continha em seu interior 2 felinos.
  Sem pensar duas vezes, a guria colocou-os na mochila que levava às costas e partiu para a casa de seu namorado, onde costumava deixar sua bicicleta. Como estavam atrasados, só largou a bicicleta e saiu com o guri pro trabalho, os bichanos acabaram indo juntos. Chegando ao seu destino, alimentaram os gatinhos, e na saída levaram para um veterinário doar.
  Uma semana depois, o casal estava cruzando em frente da clínica quando viram um dos bichanos, entraram e se apavoraram, pois este estava desnutrido, com a barriga dilatada (possívelmente vermes), com o moscoféu saltado pra fora, gigantescas orelhas. O veterinário (cara de pedófilo), disse que doou o outro filhote, desconfiada a guria resolveu pegar de volta o bichano, mesmo sem ter condições de dar um lar para ele, já que ela mesma estava incerta sobre seu futuro. Levaram a uma outra veterinária, que receitou vermífogo, comida, cama e amor.
  O felino sobreviveu aquela noite, para a felicidade da guria que passou a noite em claro pensando que o gato não iria sobreviver devido ao estado deplorável que se encontrava, recebendo o nome de Moscofélia, devido a sua protuberância e logo nas primeiras semanas já se atirou da janela do quarto machucando o nariz.
  Conforme ia crescendo, o casal percebia as "peculiaridades" da gatinha, como por exemplo o fato de viver evacuando em qualquer lugar.
  Devido a problemas de força maior, a moça passava a semana na casa de seu namorado e fins de semana ia para a casa de seus pais, que era retirada da cidade. Ela se locomovia de bicicleta e Moscofélia lhe acompanhava, acho que devido ao trauma de sacos, a gata queria ir no ombro ao invés da mochila, ás vezes se jogava na roda da frente e saia correndo ao lado da bicicleta.
  Alguns meses depois, descobriu-se que apesar de possuir três pelagens, característica de fêmeas, na verdade Moscofélia era Moscoféu. Esse fato se deu próximo a uma compulsiva obcessão por comida, onde o gato começou a engordar, recebendo o nome de Alarico.
  Assim Alarico começou a crescer (inclusive pros lados) e se tornar um felino cheio de manias. Gostava de  dormir com a cara enfiada na nossa, nariz com nariz. Seu cérebro, talvez devido á falta de ar do trauma de infância, é muito lento, e isso prejudica seu aprendizado, que aliado ao seu tecido adiposo, fez com que demorasse a aprender (ou conseguir) pular a janela,  usando o penico de areia até 1 ano de idade, quando a muito sacrifício (e algumas chineladas) aprendeu ficalmente a ir para o pátio utilizando a janela como os outros gatos.
  Alarico é viciado em isopor, descobrimos mais essa peculiaridade após a compra de minha lavadora de roupas, pois peguei ele comendo os isopores, coisa que ficou viciado, chegando a subir em armários e rasgar caixas para comer um isoporzinho.
  Seu melhor amigo é Jack Sparrow, mas se dá bem com todos os gatos da casa.
  É tão cativante esse gordinho que consegue amolecer  até o coração de pessoas que não gostam de gatos.
  Só não conseguiu amolecer nosso coração quanto a sua castração, coisa que nunca nos perdoou.
  Tava Alarico bem feliz, com a idade de um ano e seis meses, em sua primeira aventura amorosa, saiu á noite, fazendo um gritedo e voltando na manhã seguinte, faceiro. Na segunda noite quando ia sair pra namorar, prendi ele e os outros, na manhã seguinte falei com a Cristine, doutora dos meus filhos, marco a castração, pro outro dia, encerrando assim a vida sexual do Alarico, que provavelmente nem chegou perto da gata.
  Hoje em dia, ele entrou numa dieta por conta própria (acho que cansou de ser chamado de toicinho, gordo, pancebo, gorducho entre outros) e está bem mais magro.
  Vive feliz, arrastando suas pelancas por onde anda.

Algumas fotos desse toicinho "lindo"

 igual a um Gremlim







 nariz sujo







2 comentários:

  1. As Mais emocionantes estórias felídeas você só encontra no Balaio de Mil Gatos. (tadãm)

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  2. so pra esclarecer: nao são "estórias", e sim histórias, pois de fato verídicas!!

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