segunda-feira, 16 de maio de 2011

Gareth: o Batatão


Não tem como eu começar a contar sobre o Gareth sem falar do Gwidyon. Gwidyon era um gato preto que eu tive, muito mimoso, companheiro, fiel e que, sempre que eu ia ler (na época isso queria dizer todas as tardes), o meu negrinho subia e ficava no meu colo.

Sempre fui muito ciumenta em relação aos meus gatos e com Gwidyon meu ciúme aumentou. Quando ele ia pro colo da minha mãe, eu ficava com inveja e o ameaçava, dizendo que iria pegar outro gato, um que fosse bem amarelinho. Isso sempre funcionava, pois parecia que o gato entendia o que eu falava e pulava para o meu colo, me pedindo amor.

Numa bela tarde, minha mãe me chama no pátio para me mostrar uma cena bem inusitada: Gwidyon vinha da porteira, em direção à casa (nós morávamos para fora nessa época), miando e logo atrás dele, vinha um gatinho bem amarelinho, que o seguia. A mãe, que é apaixonada por gatos amarelos, falou que se o gatinho amarelo fosse macho, era dela e se fosse fêmea, era pra eu dar um fim nele. Examinei bastante ele, mas estava difícil de distinguir, e como nem eu e nem meu pai chegamos a uma conclusão, o felino foi ficando...

Passadas algumas semanas, pude ver que se tratava de um macho, isso significava que não era preciso que eu achasse um novo lar para ele e como Gwidyon me ajudava a cuidar do filhote, este ganhou uma nova família. O gatinho recebeu o nome de Gareth Garfield, e como Gwidyon nunca o permitia ficar em meu colo e o tirava aos tapas, o filhote virou o queridinho da véia.


Gareth e Gwidyon.

Alguns meses após a chegada de Gareth lá em casa, eu comecei a trabalhar e ficava os dias de semana na casa de meu irmão, indo apenas nos fins de semana para casa, logo, Gareth foi criado mais por minha mãe e pelo Gwidyon que por mim. Quando fui obrigada a morar de vez no centro da cidade, meus gatos tiveram que permanecer lá fora, pois no lugar pra onde eu mudei já tinha 11 cachorros e 3 gatos, era impossível trazê-los.

Há cerca de um ano atrás, aluguei outra casa e então pude trazer meus filhotes para morar comigo. A adaptação à casa nova e aos outros 3 gatos (pois nessas alturas, já tinha o Jack, o Alarico e a Terror) ocorreu até que bem, tirando o fato de que Gwidyon e Jack não podiam se enxergar que rolava briga. Logo no primeiro dia, Gareth resolveu que a cama era território dele, onde deu uma baita mijada em cima dos cobertores, assim como também o fez na geladeira e no sofá. Como Jack e Alarico já eram castrados, eu tinha esquecido que isto poderia vir a acontecer e quando vi que um dos cobertores “pertencia” ao Sr. Garfield, quase enlouqueci, pois era o auge do inverno e o vento Minuano que sopra aqui no sul é bem temido.

No dia seguinte à façanha de Gareth, fui falar com a Cris (a veterinária que cuida dos meus gatos) e marquei a castração para o dia seguinte, mas como Gwidyon estava meio doente, apenas Gareth seria castrado. Após a castração, Gareth Garfield se tornou um gatinho normal, que brinca, pede amor e está sempre disposto a comer.

Infelizmente, Gwidyon não melhorou e sumiu de casa. No inicio, pensei que ele havia sentido saudades da vida no campo, dos matos e dos pássaros que ele adorava caçar e tinha resolvido voltar lá pra fora, mas nunca chegou a aparecer por lá. Creio que ele tenha “saído para morrer”, uma vez que estava doente e não melhorava. Sinto tanta falta do meu negrinho mimoso...

Logo após a vinda dos gatos lá de fora pra nossa casa na cidade, Gareth tinha medo do Dimitri, mas hoje em dia, ate deita no colo enquanto ele olha filmes ou lê HQs. Gareth tambem se tornou o grandão valentão que bate nos menores para roubar o lanche, pois ele sempre dá uns tapas nos outros na hora do rango. Outra coisa que merece ser mencionada, é seu jeito peculiar de pedir comida: ele fica na frente do prato, olhando do prato para nós e novamente para o prato e assim segue, mas quando vê que isso não vai funcionar, ele entra e se deita dentro do prato.

Hoje, Gareth é conhecido como “Batatão” e, depois que ele “atropelou” uma moto, nunca mais saiu para a rua, só sai pelos fundos e pelos muros, atravessando os pátios vizinhos. A coisa que o Batatão mais gosta de fazer, depois de comer é claro, é dormir, seja na cadeira, poltrona, sofá, cama ou almofada, não importa o lugar!


Enquanto escrevo esse post, Gareth me observa atentamente.


Gareth mostrando que sabe caçar!

O que sabe fazer de melhor!

Um comentário:

  1. oi Faby
    mas é igualzinho ao meu gatinho Fubá- be na realidade o meu fubá é gordo , preguiçoso e medroso- e adoro gatos pretos - já tive o meu negão , mas já não está mais aqui-
    lindos os teus fofos
    bj
    lu

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