Confesso que esta série não me chamou a atenção à época de seu lançamento, muito por causa de seu criador e roteirista Brian Azzarello, do qual não gosto muito, e também por causa do que se falava, que a serie havia sido interrompida lá nos E.U.A. antes de seu desfecho, mas mesmo assim, fiquei com uma certa curiosidade. O tempo foi passando e, com o aumento de pessoas a minha volta elogiando a série, meu interesse foi aumentando, até que, certo dia, meu amigo Murilo me obrigou sob tortura a pegá-la emprestada para ler, os quatro volumes que compõem toda a saga de uma só vez.
A história é um Western que conta a volta para a casa de um soldado chamado Wes Cutter, que lutou ao lado dos Confederados na Guerra Civil Americana, para sua cidade de Blackwater. É ai que as coisas começam a complicar, já que o exército ianque se achou no direito de tomar suas terras. Este é o ponto de partida da trama, mas a coisa vai muito mais além e Brian Azarello em seu melhor trabalho (na minha opinião), nos presenteia com muita violência, racismo, traição, vingança e miséria queeram tão comuns naqueles dias de pós-guerra civil nos estados do sul americanos. Tudo isso, em uma trama com muitos personagens e personalidades distintas, todas bem trabalhadas. Vale ressaltar também, as cenas em que no mesmo quadro, duas ou mais linhas de tempo acontecem simultaneamente, o que pode causar uma certa confusão de inicio, mas que logo se percebe a grandiosidade da intenção do autor.
É claro que nem tudo são flores, e a hq tem seus desméritos. Alguns deles são as pontas soltas que foram remendadas às pressas em função (eu acho) do cancelamento da revista e também algumas cenas desnecessárias que só serviam para mostrar que o autor estava fazendo um gibi “adulto”, como a cena em que Ruth fica se masturbando pensando em seu marido. Um outro fator negativo, é constante troca de desenhistas, o que faz com que confundamos os personagens as vezes, sendo que, numa série limitada como esta, normalmente se utiliza um so desenhista, como em “Preacher” ou “Planetary”, por exemplo....
A arte ficou a cargo, entre outros, de Marcelo Frusin, velho conhecido dos leitores de “Hellblazer”, que faz o seu feijão-com-arroz de sempre, mas desta vez, parece que acertou mais o passo. Outro dos desenhistas, é aquele do especial “Hellblazer – Passagens Sombrias”, do qual já falei mal aqui no blo, mas que desta vez, talvez devido as cores, sua arte não atrapalhou tanto a história.
No fim das contas, eu havia perdido uma boa história, ficando nessas de não comprar e tal, mas pelo menos consegui lê-la, o que já é alguma coisa. É uma série boa, mas que poderia ter sido melhor se não tivessem ocorrido os problemas q ocorreram. Mas, caso alguém tenha dúvida, a história tem começo e fim sim, só o que faltou foi um pouco de meio...
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Eu li, até que é legal, mas ainda prefiro Jonah Hex. E achei bem bagunçada a história, mas valeu a pena ter lido.
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