Esta resenha atrasou, mas finalmente saiu!
Eu já havia comentado aqui sobre o show que o Iced Earth faria em Porto Alegre e que eu tinha uma vontade enorme de ir, pois esta é a minha banda preferida de todos os tempos. O que eu ainda não tinha divulgado aqui, é que eu realmente FUI AO SHOW!!!!
Eu e a Fabi já havíamos comprado os ingressos fazia um bom tempo e nem tínhamos ideia se realmente poderíamos ir, por uma série de fatores, inclusive, por falta de grana. Mas no fim, tudo deu certo e só o que me perturbava de verdade, era a expectativa de realizar este sonho. Após fazermos os preparativos em casa, que consistiam basicamente de encher a casa de penicos e de pratos de ração e guardar em local seguro qualquer coisa que os gatos pudessem destruir em nossa ausência, estávamos prontos para ir.
Fomos à capital e ficamos hospedados na casa do Clauber, que nos acolheu com muita boa vontade e que também iria ao show com nós, junto de sua esposa, a Bia. Enquanto estávamos lá, à espera da “grande hora”, aproveitamos para visitar alguns sebos e, como não podia deixar de ser, voltamos cheios de livros e HQs usados e novos nas mãos, o que foi uma alegria (pra nós), e uma tristeza (pros nossos bolsos).
O Show
O show foi realizado no Bar Opinião, que fica no centro de Porto Alegre e estava marcado para começar as 08:00h. chegamos ao local em cima do laço, após um passeio de ônibus de quase uma hora. O que não contávamos era que o show atrasasse cerca de 1 hora para começar, o que, no fim das contas, foi bom, pois a Bia teve que ir para o local um pouco mais tarde, mas chegou em tempo de não perder nada. O público presente, logo que chegamos, não era muito grande e talvez por isso, tenha ocorrido o atraso, creio que para que todo mundo chegasse a tempo.
O tempo passou e o público aumentou (um pouco), mas com certeza, o local não lotou, tinha uma quantidade de gente que permitia que andássemos por lá sem qualquer problema. Em suma, um bom público. Eram quase 09:00 horas quando o telão que tapava o palco começou a se erguer e nesse momento, a multidão foi a loucura, pulando e gritando freneticamente ICED, ICED ICED....
Aos primeiros acordes de Dystopia, faixa título do mais novo álbum da banda e que abriu o show, não pude mais me conter e a emoção de ver a minha banda preferida ali, a poucos metros de onde eu estava me fez pular e cantar como um lunático. Foi assim durante todo o show, a cada musica, a cada refrão, a cada chamada que o (excelente) vocalista Stu Block fazia para a galera, estávamos eu , o Clauber e as gurias enlouquecidos respondendo a todo fôlego. O novo frontman, como já mencionei, superou todas as expectativas de sua performance ao vivo, mostrando muita paixão e presença de palco, mesmo que o som de sua voz estivesse prejudicada pelo fato de que os demais instrumentos estavam com o volume muito mais altos.
O “rei” da banda, John Schaffer, estava muito fodástico, como era de se esperar e ate fez algumas piadas quando assumiu o microfone. O resto da banda, também, todos muito profissionais e bem enturmados uns com os outros, principalmente o baterista, Brent Smedley (ou algo assim).
O setlist foi perfeito, musicas como When the Night Falls, V, Declaration Day e Dante’s Inferno… nossa, Dante’s Inferno principalmente, foram de enlouquecer até o mais cético dos fãs, tamanha foi sua pegada e seu peso avassalador que soaram ao vivo, incrível. Stu Block conseguiu adaptar sua voz às músicas muito bem, sem soar que estava tentando imitar seus antecessores. Eis agora o setlist completo:
01. Dystopia
02. Angels Holocaust
03. Slave to the Dark
04. V
05. Stand Alone
06. When the Night Falls
07. The Hunter
08. Damien
09. Anthem
10. Declaration Day
11. Days of Rage
12. Watching Over Me
13. Dante’s Inferno
14. Burning Times
15. Iced Earth
16. Pure Evil
02. Angels Holocaust
03. Slave to the Dark
04. V
05. Stand Alone
06. When the Night Falls
07. The Hunter
08. Damien
09. Anthem
10. Declaration Day
11. Days of Rage
12. Watching Over Me
13. Dante’s Inferno
14. Burning Times
15. Iced Earth
16. Pure Evil
Com o término do show, ficou a sensação de que todo o trabalho, a despesa e o sacrifício que fizemos, valeu a pena, pois este foi, sem dúvidas, um show inesquecível para todos que lá estavam e para mim, principalmente, pois foi a realização de um sonho, e tudo ocorreu de maneira excelente e tranquila. Que Porto Alegre vire rota confirmada da banda a partir de agora!
da esquerda pra direita: Clauber, Bia, o amigo do Clauber que eu não lembro o nome, eu e a Fabi
Extras
1- Soterrados em cocô
Ao cegarmos em casa, lá pelas 10:00h da noite, nada poderia nos preparar para o que vimos ao entrar em casa. Um cheiro de coco tão terrível que dava vontade de sair corrento dali ou de jogar a casa inteira dentro de uma privada e dar descarga. No banheiro, os gatos haviam feito tanto cocô, que parecia que havíamos ficado longe por 1 mês inteiro! Havias montanhas de estrume em cada um dos penicos que deixamos preparados para eles e xixi pra tudo que é lado também, o banheiro ficou literalmente interditado! Além disso, nosso pobres filhos, estava desesperados de fome, pois mesmo com toda a comida que deixamos para eles, para que passassem os dois dias que estaríamos fora bem alimentados, tínhamos a certeza de que eles comeram tudo antes de nós termos saído da cidade e ficaram o resto do tempo com fome, embora barrigudos. Mas o fedor era tanto que, mesmo cansados da viagem e tudo mais, tivemos que lavar todo o banheiro para que a casa voltasse a ser habitável. Uma coisa que nos surpreendeu (e muito) foi o fato de eles não terem cagado por toda a casa, o que geralmente fazem, mesmo quando estamos nela. Desta vez, eles se comportaram...
2 – Fungada no cangote
Durante o show, uma única coisa aconteceu que tirou um pouco o clima sublime do evento. Um camarada, podre de bêbado e metido a fortinho, fez o que todo bêbado sem noção faz, ou seja, merda. Primeiro, ele chegou numa pessoa, por tras e deu uma fungada no cangote, querendo dar uma de “pegador”, mas acontece que as longas madeixas do cangote em questão, pertenciam a um homem, que quando viu aquilo, fez uma cara feia e mandou o pegador sair fora. Logo em seguida, o cara, querendo a todo custo pegar alguém, teve a cara de pau de chegar na Fabi mesmo comigo ali junto, atrás dela. So puxei ela pro meu lado e afastei o camarada com a outra mão e nisso, o Clauber viu e foi tirar satisfação do cara. O amigo dele, que estava junto, chamou o Clauber pra dizer que não era pra dar bola que o cara tava gelado e tal e enquanto isso, o bêbado chato foi trovar a Bia, que na mesma hora deu um “chega pra lá” nele, que desistiu e foi embora. Alguns minutos se passaram e de repente, estourou uma briga logo a nossa frente, e quando vimos, um cara grandalhão e bombado estava espancando um infeliz que para nossa surpresa (ou não), era o bêbado chato, que apanhou muito e ainda por cima, foi retirado do show pelos seguranças...
3 – Bala de titânio
Mais uma vez durante o show, e isso logo no inicio, a Fabi me ofereceu uma bala. Eu, que normalmente não gosto muito, resolvi aceitar pra não correr o risco de ter uma Hipoglicemia (pra quem não sabe, sou diabético). Era uma bala dessas comuns, molezinhas, que a gente normalmente mastiga enquanto ela está na nossa boca. Pois é, mas foi preciso só eu dar uma mordida na dita cuja que meu dente (um lá de trás) quebrou!! Minha reação foi um misto de surpresa com indignação, mas não conseguia parar de rir de quão zumbi eu estava me tornando!! Logo, guardei o dente de recordação daquele momento no bolso e seguimos aproveitando o show!