quarta-feira, 4 de maio de 2011

TRON – Uma Odisséia Eletrônica e seu Legado.


TRON – Uma Odisséia Eletrônica é um daqueles filmes que eu via na infância nas sessões da tarde da vida e que por um longo tempo ficou relegado à uma memória distante dentro do meu subconsciente junto com vários outros. Eu lembrava que gostava, mas também era só isso. Com o advento da tecnologia que é o paraíso dos nerds de plantão, como por exemplo as digitalizações e remasterizações de filmes antigos para o lançamento em DVD, pude rever TRON recentemente, na verdade, um pouco antes de ouvir falar sobre o lançamento de TRON – O Legado e tive alguns vislumbres nostálgicos intensos e interessantes.
TRON, em seu lançamento (1982, por aí) era uma maravilha gráfica nunca antes vista no cinema e qualquer um que o assistir nos dias de hoje, tem que ter isto em vista a época de seu lançamento, pois senão com certeza se decepcionará. O fato é que ao se assistir TRON, parece que estamos dentro de um jogo de ATARI, mas no bom sentido, é claro, pois a produção se esforça muito (com bons resultados) para isto.
Em se tratando de sua história, não se pode esperar muita coisa, é uma aventura básica, mas que não decepciona por isso. Apenas nota-se que o empenho dos produtores foi realmente dar destaque ao visual futurista e aos conceitos que para a época, talvez, fossem revolucionários (as definições dos programas, por exemplo...).
Enfim, um ótimo filme para os fãs de coisas dos anos 80, que por algum motivo que desconheço, demorou quase 30 anos para ser “lembrado” por Hollywood e que curiosamente também, não é lembrado por muitas pessoas que eu conheço que assistiam às sessões da tarde da vida na mesma época que eu.



TRON – O Legado surgiu como uma surpresa para mim. De primeiro, achei que fosse um Remake, devido ao tempo entre um filme e outro e mesmo depois de assisti-lo, a impressão não mudou, ou seja, ele parece como, age como e fede como, mas não é um Remake. É sim, como já devem saber, uma continuação (com um ar de desnecessária, diga-se de passagem).
No quesito visual, essa seqüência obviamente tem avanços significativos em relação ao anterior, com efeitos de computador de primeiríssima qualidade, mesclada a uma ação bem empolgante e tal. Porém...
Porém, hoje em dia, é difícil realizar o que o 1° TRON realizou 30 anos atrás, que foi IMPRESSIONAR a platéia com as imagens futurologistas que eles desenvolveram para a película. TRON – O Legado tem visuais incríveis, mas que em vários momentos lembram algo de The Matrix e de Star Wars (os novos), mas que mesmo assim, retratam de maneira excelente cenas clássicas do antigo, como os jogos da grade.
Na história, li em vários lugares que O Legado não fazia jus a seu predecessor. Em minha opinião, ele faz jus sim, pelo simples fato de que a trama do 1° já não era tão grande coisa assim, sendo apenas uma desculpa para mostras imagens legais. O mesmo ocorre com esta continuação, que mantém meio que o mesmo nível.
O que acredito que funcionaria melhor nesta produção, é se eles tivessem optado por realizar um Remake realmente, não apenas uma continuação que em tudo se parece com o anterior, pois praticamente tudo que ocorre lá, acontece aqui de novo, só que com visual moderno e roupinhas maneiras (e um inevitável romancesinho). Resta saber se a intenção da Disney é transformar o filme em franquia ou se pretende fazer outra continuação só daqui a outros 30 anos...


jogo das motinhos em Uma Odisséia Eletrônica


o mesmo jogo só que em O Legado


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