segunda-feira, 30 de maio de 2011

Andei Lendo...

BIBLIOTECA HISTÓRICA MARVEL – OS PODEROSOS VINGADORES.



Eis mais um volume desta série que pude ter o prazer de apreciar, graças aos maravilhosos acúmulos de bônus de compras em lojas online!

Seguindo a tradição, este volume traz as primeiras histórias dos Vingadores, que foram escritas (surpresa!) por Stan Lee e desenhadas por Jack Kirby e Don Heck. Desta feita, posso dizer que o trabalho de Stan Lee até que não está tão descritivo e cansativo como em alguns dos outros volumes dessa série e as histórias fluem bem, relativamente. Há apenas uma sensação de que muita coisa aconteceu que você não sabe, principalmente entre uma história e outra, como as mudanças de armadura do Homem de Ferro, por exemplo. Isto, é claro, é solucionado simplesmente se lendo as histórias solo do personagem.

No quesito da arte, Jack Kirby dispensa comentários (mesmo que eu admita que não seja seu maior fã). Nas histórias desenhadas por Don Heck, a coisa parece ganhar um ar um pouco mais “atual” na arte, se comparada com Kirby, mas que comete alguns deslizes grosseiros de vez em quando e às vezes, criando cenas de difícil compreensão.

No geral, é tudo muito bom e podem-se presenciar momentos de grande importância para o Universo Marvel neste volume, como o aparecimento do Capitão América na era moderna e a origem de Magnum. Agora, estou na busca de conseguir o volume 2!



HELLBLAZER – PANDEMÔNIO


Esta Graphic Novel é um lançamento comemorativo dos 25 anos de Constantine e traz ninguém menos que Jamie Delano de volta ao personagem. Pra quem não sabe, Delano foi o roterista original da revista Hellblazer, que trazia as histórias solo de John Constantine, recém saído de Monstro do Pântano. O que isso quer dizer? Simples, que aquele Constantine filho da mãe, enganador, que só se fode e fode com todo mundo, que está sempre se lamentando e que fez a fama de sua revista está de volta!

Os três Constantines
Antes de seguir falando de Hellblazer – Pandemômio, creio que cabe um parágrafo para que eu possa explicar como eu “entendo” John Constantine...
Em minha opinião, acho que existem 3 Constantines diferentes, isso sem contar, claro, versões como a do longa metragem Hollywoodiano. O 1° deles é o original, que apareceu nas histórias do Monstro do Pântano e que foi criado por Alan Moore. Nesta encarnação também se encaixa todas as histórias em que ele aparecia ligado ao Universo DC e com obras como Sandman e Livros da Magia. É a fase clássica e que deixa grandes saudades. O 2°, surgiu junto com o aparecimento da revista Hellblazer, tendo sido criado por Jamie Delano. Este Consantine já era diferente, era a versão que redefiniu e extrapolou sua personalidade manipuladora, canastrona, humana e falha, sendo a melhor encarnação do personagem e que engloba também fases como a de Garth Ennis. Já a 3° e atual personificação de John, é a que podemos ver nas publicações de hoje em dia, onde muito pouco ou nada do carisma revoltante do personagem se mostra nas histórias. Escrito por autores “renomados” da atualidade, suas histórias são sem brilho, meio sem graça e que mostram um Constantine que só se preocupa em derrotar o “demônio do mês” e que revelam segredos do passado do personagem nada dignos dos “outros dois” Constantines.

Voltando a falar da obra desta resenha em si, a trama é a seguinte: John Constantine é preso e atraído pelo governo ao Oriente Médio, para resolver um problema para eles. O cenário de guerra é estranho ao trambiqueiro citadino, mas sem opções, Constantine se vê obrigado a cooperar. Nesse ambiente de guerra ao terror, John se envolve (ou pelo menos tenta frequentemente) com uma agente dupla que o guia nas terras estranhas. Lá, ele descobre tramóias de origens infernais e reencontra um velho “amigo”, que o “convida” para um joguinho de cartas. Nem é preciso dizer que Constantine envolvido num jogo de azar para salvar a própria pele com certeza já é uma cena clássica do personagem, e essa com certeza, é um grande momento de sua carreira.

Os desenhos do tal de Jock são estilosos,  não chegando a serem de fato ruins, mas não me agradaram muito, enfim, não comprometem a trama mas poderiam ser melhores. Destaque para os tons monocromáticos de cor vermelha nas partes que se passam no inferno.

Outro detalhe da trama que chama bastante a atenção, é que o John Constantine que aparece aqui beira aos seus 50 anos de idade, ou seja, parece que o roteirista voltou ao personagem como se realmente muitos anos tivessem se passado desde a ultima vez em que rascunhou os argumentos da Hellblazer. Na 2° encarnação do personagem (segundo a minha teoria das encarnações), ele realmente parecia envelhecer no decorrer das histórias, onde os anos passavam como passam para nós, não como se vê por ai, onde personagens nunca envelhecem apesar de estarem nas bancas desde 1938...

Enfim...
Após toda essa enrolação, o que quero dizer é que essa HQ é muito boa, está acima da média das publicações atuais e vale a pena ser conferida!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dia do Orgulho Nerd

Para comemorar o dia do orgulho nerd, dedico essa tirinha a todos os leitores  (e seus gatos)  nerds aqui do balaio.





A tirinha foi tirada daqui.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

HQ: Bruxaria


Dia desses, numa das reuniões do clube de gibis, fuxicando em uma caixa do seu Irapuã encontrei a mini série Bruxaria, da Vertigo. Por gostar desse tema, resolvi pedir as revistas emprestadas para dar uma conferida.
Bruxaria é uma mini série em três partes, escrita por James Robinson, desenhada por Teddy Kristiansen, Michael Zulli, Peter Snejbjerg e Steve Yeowell e foi publicada no Brasil pela editora Abril em 1997.
A história trata-se de um conto sobre vingança, planejada pelas bruxas conhecidas como Hecatae, personagens saídas das páginas de Sandman. Cada edição da mini série se passa em uma época diferente, contando o destino de duas almas diferentes marcadas pela violência e a tentativa de vingança de uma pelos abusos da outra.
O texto é muito bem escrito, é empolgante, e faz com que se pegue a revista e só a largue depois que o texto acaba. Como já havia citado antes, gosto muito de temas desse tipo, principalmente relacionados à mitologia celta, o que nesta obra foi muito bem abordado.
Em se tratando da arte da história, as partes desenhadas pelo Teddy Kristiansen deixam a desejar, pois os traços são meio disformes. Os outros desenhos no geral são bons. Uma coisa que merece destaque é a capa, feita por Michael Kaluta, que juntas, as três edições formam um único desenho, muito belo de ser observado.
Infelizmente só pude conhecer essa mini série 13 anos após seu lançamento, bem que alguma editora poderia relançá-la em encadernado.








traço de Teddy Kristiansen...

... um dos vários desenhistas de Sandman.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Gareth: o Batatão


Não tem como eu começar a contar sobre o Gareth sem falar do Gwidyon. Gwidyon era um gato preto que eu tive, muito mimoso, companheiro, fiel e que, sempre que eu ia ler (na época isso queria dizer todas as tardes), o meu negrinho subia e ficava no meu colo.

Sempre fui muito ciumenta em relação aos meus gatos e com Gwidyon meu ciúme aumentou. Quando ele ia pro colo da minha mãe, eu ficava com inveja e o ameaçava, dizendo que iria pegar outro gato, um que fosse bem amarelinho. Isso sempre funcionava, pois parecia que o gato entendia o que eu falava e pulava para o meu colo, me pedindo amor.

Numa bela tarde, minha mãe me chama no pátio para me mostrar uma cena bem inusitada: Gwidyon vinha da porteira, em direção à casa (nós morávamos para fora nessa época), miando e logo atrás dele, vinha um gatinho bem amarelinho, que o seguia. A mãe, que é apaixonada por gatos amarelos, falou que se o gatinho amarelo fosse macho, era dela e se fosse fêmea, era pra eu dar um fim nele. Examinei bastante ele, mas estava difícil de distinguir, e como nem eu e nem meu pai chegamos a uma conclusão, o felino foi ficando...

Passadas algumas semanas, pude ver que se tratava de um macho, isso significava que não era preciso que eu achasse um novo lar para ele e como Gwidyon me ajudava a cuidar do filhote, este ganhou uma nova família. O gatinho recebeu o nome de Gareth Garfield, e como Gwidyon nunca o permitia ficar em meu colo e o tirava aos tapas, o filhote virou o queridinho da véia.


Gareth e Gwidyon.

Alguns meses após a chegada de Gareth lá em casa, eu comecei a trabalhar e ficava os dias de semana na casa de meu irmão, indo apenas nos fins de semana para casa, logo, Gareth foi criado mais por minha mãe e pelo Gwidyon que por mim. Quando fui obrigada a morar de vez no centro da cidade, meus gatos tiveram que permanecer lá fora, pois no lugar pra onde eu mudei já tinha 11 cachorros e 3 gatos, era impossível trazê-los.

Há cerca de um ano atrás, aluguei outra casa e então pude trazer meus filhotes para morar comigo. A adaptação à casa nova e aos outros 3 gatos (pois nessas alturas, já tinha o Jack, o Alarico e a Terror) ocorreu até que bem, tirando o fato de que Gwidyon e Jack não podiam se enxergar que rolava briga. Logo no primeiro dia, Gareth resolveu que a cama era território dele, onde deu uma baita mijada em cima dos cobertores, assim como também o fez na geladeira e no sofá. Como Jack e Alarico já eram castrados, eu tinha esquecido que isto poderia vir a acontecer e quando vi que um dos cobertores “pertencia” ao Sr. Garfield, quase enlouqueci, pois era o auge do inverno e o vento Minuano que sopra aqui no sul é bem temido.

No dia seguinte à façanha de Gareth, fui falar com a Cris (a veterinária que cuida dos meus gatos) e marquei a castração para o dia seguinte, mas como Gwidyon estava meio doente, apenas Gareth seria castrado. Após a castração, Gareth Garfield se tornou um gatinho normal, que brinca, pede amor e está sempre disposto a comer.

Infelizmente, Gwidyon não melhorou e sumiu de casa. No inicio, pensei que ele havia sentido saudades da vida no campo, dos matos e dos pássaros que ele adorava caçar e tinha resolvido voltar lá pra fora, mas nunca chegou a aparecer por lá. Creio que ele tenha “saído para morrer”, uma vez que estava doente e não melhorava. Sinto tanta falta do meu negrinho mimoso...

Logo após a vinda dos gatos lá de fora pra nossa casa na cidade, Gareth tinha medo do Dimitri, mas hoje em dia, ate deita no colo enquanto ele olha filmes ou lê HQs. Gareth tambem se tornou o grandão valentão que bate nos menores para roubar o lanche, pois ele sempre dá uns tapas nos outros na hora do rango. Outra coisa que merece ser mencionada, é seu jeito peculiar de pedir comida: ele fica na frente do prato, olhando do prato para nós e novamente para o prato e assim segue, mas quando vê que isso não vai funcionar, ele entra e se deita dentro do prato.

Hoje, Gareth é conhecido como “Batatão” e, depois que ele “atropelou” uma moto, nunca mais saiu para a rua, só sai pelos fundos e pelos muros, atravessando os pátios vizinhos. A coisa que o Batatão mais gosta de fazer, depois de comer é claro, é dormir, seja na cadeira, poltrona, sofá, cama ou almofada, não importa o lugar!


Enquanto escrevo esse post, Gareth me observa atentamente.


Gareth mostrando que sabe caçar!

O que sabe fazer de melhor!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

TRON – Uma Odisséia Eletrônica e seu Legado.


TRON – Uma Odisséia Eletrônica é um daqueles filmes que eu via na infância nas sessões da tarde da vida e que por um longo tempo ficou relegado à uma memória distante dentro do meu subconsciente junto com vários outros. Eu lembrava que gostava, mas também era só isso. Com o advento da tecnologia que é o paraíso dos nerds de plantão, como por exemplo as digitalizações e remasterizações de filmes antigos para o lançamento em DVD, pude rever TRON recentemente, na verdade, um pouco antes de ouvir falar sobre o lançamento de TRON – O Legado e tive alguns vislumbres nostálgicos intensos e interessantes.
TRON, em seu lançamento (1982, por aí) era uma maravilha gráfica nunca antes vista no cinema e qualquer um que o assistir nos dias de hoje, tem que ter isto em vista a época de seu lançamento, pois senão com certeza se decepcionará. O fato é que ao se assistir TRON, parece que estamos dentro de um jogo de ATARI, mas no bom sentido, é claro, pois a produção se esforça muito (com bons resultados) para isto.
Em se tratando de sua história, não se pode esperar muita coisa, é uma aventura básica, mas que não decepciona por isso. Apenas nota-se que o empenho dos produtores foi realmente dar destaque ao visual futurista e aos conceitos que para a época, talvez, fossem revolucionários (as definições dos programas, por exemplo...).
Enfim, um ótimo filme para os fãs de coisas dos anos 80, que por algum motivo que desconheço, demorou quase 30 anos para ser “lembrado” por Hollywood e que curiosamente também, não é lembrado por muitas pessoas que eu conheço que assistiam às sessões da tarde da vida na mesma época que eu.



TRON – O Legado surgiu como uma surpresa para mim. De primeiro, achei que fosse um Remake, devido ao tempo entre um filme e outro e mesmo depois de assisti-lo, a impressão não mudou, ou seja, ele parece como, age como e fede como, mas não é um Remake. É sim, como já devem saber, uma continuação (com um ar de desnecessária, diga-se de passagem).
No quesito visual, essa seqüência obviamente tem avanços significativos em relação ao anterior, com efeitos de computador de primeiríssima qualidade, mesclada a uma ação bem empolgante e tal. Porém...
Porém, hoje em dia, é difícil realizar o que o 1° TRON realizou 30 anos atrás, que foi IMPRESSIONAR a platéia com as imagens futurologistas que eles desenvolveram para a película. TRON – O Legado tem visuais incríveis, mas que em vários momentos lembram algo de The Matrix e de Star Wars (os novos), mas que mesmo assim, retratam de maneira excelente cenas clássicas do antigo, como os jogos da grade.
Na história, li em vários lugares que O Legado não fazia jus a seu predecessor. Em minha opinião, ele faz jus sim, pelo simples fato de que a trama do 1° já não era tão grande coisa assim, sendo apenas uma desculpa para mostras imagens legais. O mesmo ocorre com esta continuação, que mantém meio que o mesmo nível.
O que acredito que funcionaria melhor nesta produção, é se eles tivessem optado por realizar um Remake realmente, não apenas uma continuação que em tudo se parece com o anterior, pois praticamente tudo que ocorre lá, acontece aqui de novo, só que com visual moderno e roupinhas maneiras (e um inevitável romancesinho). Resta saber se a intenção da Disney é transformar o filme em franquia ou se pretende fazer outra continuação só daqui a outros 30 anos...


jogo das motinhos em Uma Odisséia Eletrônica


o mesmo jogo só que em O Legado