terça-feira, 26 de abril de 2011

COLEÇÃO DC 75 ANOS

A DC está fazendo 75 anos agora em 2011 (ou foi em 2010?) e a Panini, que não é boba nem nada e não podia deixar esse marco passar em branco, resolveu lançar uma mini-série comemorativa em 4 volumes em que cada edição abrange uma das eras dos quadrinhos, classificadas como “Era de Ouro”, “Era de Prata”, etc.

Eu, particularmente, não sou muito fã dessa coisa de selecionar umas poucas histórias “mais importantes” para definir um período ou seja lá o que for, pois acho que é impossível apenas meia dúzia delas representarem toda uma geração. Acho que isso é muita arrogância, principalmente da parte de quem escolhe as histórias, pois creio que cada pessoa tenha sua própria seleção de HQs “mais importantes”. Sendo assim, e por algum motivo obscuro que meu subconsciente desenvolveu escondido de mim, vou tentar ser generoso com esta coleção o máximo que eu puder, pois não pude resistir à tentação de ver histórias clássicas dos primórdios das HQs que eu anteriormente só ouvira falar. Uma coisa nesta coleção que merece destaque e parabéns à Panini, são as matérias no início de cada volume, contando como se desenrolou cada uma das eras dos quadrinhos com textos precisos e boas ilustrações.


Era de Ouro:


Nesta 1º edição, temos as histórias da Era de Ouro, a era em que os super-heróis surgiram e que com certeza é o volume mais importante desta coleção comemorativa. Aqui vemos histórias realmente importantes da época, que foram fundamentais para o grande sucesso que os super-heróis atingiram e atingem até hoje. Vale ressaltar também que este é o volume com a melhor seleção de histórias, pois apesar de alguns (poucos) deslizes, é a seleção que mais faz sentido.

As histórias contidas aqui são: as origens de Superman, Batman, Mulher Maravilha, Coringa, Flash e Capitão Marvel, mais uma história do Arqueiro Verde e uma da Sociedade da Justiça, que apesar de boas, não entendi o porquê de elas estarem na coletânea, já que não tratam de suas origens. Resumindo, mesmo com essas pequenas escorregadas, o resultado foi satisfatório.


Era de Prata:

A Era de Prata, para mim, é uma das minhas preferidas dos quadrinhos, pois foi quando a Marvel “surgiu” (e todo mundo sabe que sou muito mais fã da Marvel que da DC), revolucionando tudo. Mas é claro, que quem “inventou” a Era de Prata, foi a DC e isso deve ter o seu mérito.

Nessa 2° edição de 75 anos da DC, temos ainda uma boa seleção de histórias, mas com deslizes maiores que os da era passada. Temos aqui as origens do 2° Flash, do 2° Lanterna Verde, do (não sei se é o 1° ou o 2°) Aquaman, e também uma que acho que seria a origen dos Novos Titãs (numa história bem medíocre, diga-se de passagem, estrelada por Viadito, Aquaplay e Flash boy). Há, também, uma história bastante interessante que conta o 1° encontro do 1° e do 2° flashes, que deve ter sido a história que originou a bagunça que a DC viria a ser alguns anos depois. Além disso, tem uma outra nos mesmos moldes entre a Liga da Justiça e a  Sociedade da Justiça (bem desnecessária, pois poderiam ter posto neste volume a origem da LJA...). Também contido aqui, há uma história ridícula do Superboy (mas acho que todas as histórias do Superboy são ridículas, então, não sei julgar o nível de ridiculosidade desta, em particular) e para fechar a edição, o conto que marca a ida de Jack Kirby para a DC, que foi publicada originalmente no gibi do Jimmy Olsen (é, Jimmy Olsen tinha uma HQ própria...).

Era de Bronze:

Eis aqui o momento para uma explicação, ou na verdade, é mais para um desabafo. As histórias contidas tanto neste volume quanto no próximo, creio que deveriam ser classificadas como da Era de Bronze, pois em ambos os volumes as diferenças de tempo de publicação são mínimas. Ou talvez, entretanto, devesse existir uma outra classificação de eras, como “A Era Contemporânea”, por exemplo, após a Era Moderna e com histórias mais atuais. Outra confissão é a de que esta é a minha “Era” favorita de todas, pois foi quando os quadrinhos começaram a se levar a sério e praticamente em todas as publicações tanto da Marvel quanto da DC houveram fases memoráveis.

Porém, e agora me referindo a esta coleção, a era de bronze também significou outra coisa que muitas vezes passa em branco: o surgimento dos “arcos”, que antigamente chamávamos de “sagas”, onde as histórias que realmente eram significativas, frequentemente duravam 3, 6 e até 12 edições e, em alguns casos, até anos. Isso torna uma publicação como esta coleção de aniversário algo de difícil aceitação e que acabou se transformando em algo muito mais simbólico, ao invés de uma simples coletânea de histórias boas, que dessem prazer e descompromisso ao serem lidas.

Finalmente, as histórias deste volume:

Arqueiro Verde: Oliver Queen descobre que viadito (ou algo assim) usa dorgas! Boa história, mas nunca vou saber como começou...

Superman: os anõezinhos de Oa convencem o Superman a não salvar a terra, pois se ele o fizesse, suas histórias não teriam mais graça e ele não ficaria se deprimindo por causa do não uso de seus poderes. Historinha legal, mas porque mesmo que ela está aqui? 

Batman: eis aqui a 1° história do volume que faz sentido, pois foi o início da era “dark” do Batman, quando Dennis O’Neil e Neil Adams assumiram o manto azul-claro do morcego. Ótima história, mas deixa o gostinho de “quero mais”.

Monstro do Pântano: o (praticamente) início da era Alan Moore, sem mais comentários!
--Tá, mas e ai? E o resto?
–Espere a Panini ou alguma outra editora lançar encadernados caríssimos para descobrir!

Superman: Alan Moore faz o que ninguém mais conseguiu: em apenas uma edição relativamente curta e sem continuação ou precedentes, criou a melhor história do Superman de todos os tempos! Cara, sério, o Alan Moore não é desse mundo...

Crise nas infinitas terras número 8: é, eu li só o N° 8 e entendi tudo! Sério!

Era Moderna: (ou “Era de Bronze 2”)


Como já havia dito, o material deste volume poderia muito bem estar contido na edição anterior, deixando para ser publicado aqui algo mais, hã... moderno. Não entendam mal, tem histórias que verdadeiramente revolucionaram sua época e são clássicos indubitáveis, mas que não se pode mais serem tratadas como se fossem do último estágio da evolução quadrinhistica. Segue também neste volume o mesmo problema do anterior de “coisas pela metade”. Ainda pior desta vez. Gostaria que as seleções fossem feitas com histórias marcantes, mas que fossem autocontidas em uma única edição, o que tornaria a leitura bem mais prazerosa.

Nesta edição:

O cavaleiro das trevas N° 1: Frank Miller revolucionou o Batman e os quadrinhos com esta mini-série, mas quem ler pela 1° vez através desta coleção, não vai entender o por que.

Batman ano um N° 1: Frank Miller revolucionou o Batman e os quadrinhos (de novo) com esta mini-série, mas quem ler pela 1° vez através desta coleção, não vai entender o por que (de novo).

Superman e Mulher Maravilha: após o megaevento crise nas infinitas terras (que você leitor pôde compreender na totalidade lendo o n° 8 na edição anterior), os heróis da DC sofreram uma reformulação em suas origens e essas duas histórias que contam essas inovações, são o que de mais aproveitável saiu nesta 4° edição dos 75 anos da DC, pois são inteiramentes entendíveis por si só.

Sandman N° 8: POR QUÊ O N° 8? Só porque é a 1° aparição da Morte? Mas e se eu nunca li Sandman e não sei quem ele é, por que iria querer ver a 1° aparição da Morte? Não entendo o raciocínio desses caras...

Crepúsculo Esmeralda parte 3: ahá! Agora eu sei como acaba essa história! Mas, infelizmente, nunca vou saber como começa....

MAKING OFF do artigo:
O Jackão da Montanha resolveu ficar me mordendo feito doido enquanto eu tentava digitar o post. Parece que ele tinha discordâncias de opinião para com minha pessoa sobre o assunto e teve um surto psicótico quando mencionei que não gostava das histórias do Superboy. Apesar dos ataques, estou bem e eu e Jack já resolvemos nossas pendengas amigavelmente

                                                            Edição favorita do Jack


Jack impedindo-me de digitar o post

Jack mostra seu ponto de vista

Jack parte para a violência

O envezamento do Jackão

quarta-feira, 20 de abril de 2011

HERÓI - A Revista Que Mudou Tudo



Um belo dia desses, eu estava em uma de minhas agora freqüentes reviranças em minha coleção e, ao me deparar com as revistas “HERÒI”, bateu aquela nostalgia insuportável que faz a gente parar tudo que estiver fazendo para ficar rememorando o passado, e neste caso também, “folheando” o passado.

 A revista HERÓI surgiu como uma bomba de conhecimento, algo novo, algo impactante e indispensável para um jovem nerd como eu em meados de 1994.
Estávamos longe do advento da internet e adquirir conhecimentos sobre o mundo por tráz das HQs, filmes, desenhos, animes e séries de que tanto gostávamos, era algo muito
difícil, para não dizer impossível (pelo menos para mim na época era....) de se conseguir. O cara que lia HERÓI se tornava o “Herói” dos nerds (termo que na época era ofensivo, mas que agora já nos acostumamos...) desamparados e oprimidos pela desinformação que as mídias no Brasil traziam (e trazem) na bagagem. Era normal na época, eu achar que estava ficando mais inteligente por que lia a HERÓI (quanta burrice...), mas enfim, o fato é ela abriu meus olhos de uma forma muito especial e que para mim, para sempre a HERÓI vai ser “A Revista que Mudou Tudo”!

Uma (não tão) breve história...



A HERÒI começou como uma revista semanal de baixa qualidade, com um preço até meio alto para a época (R$ 1,95 por semana era um valor salgado), mas era irresistível poder ler sobre os heróis que gostávamos e sobre alguns que nem tínhamos ouvido falar ainda, ou então poder ver matérias sobre desenhos que há muito tempo já não passavam na TV e que as novas gerações achavam que você estava louco quando falava delas.
No início, e em durante quase toda a sua existência, o carro-chefe da HERÓI foram as matérias com Os Cavaleiros do Zodíaco, desenho que era a hecatombe de sucesso da época (e do qual me tornei um dos seus maiores fãs), mas que até eu ver na banca aquela revista com o Seiya na capa (HERÓI n° 1), eu nunca ouvira falar. Mas foi só ler a matéria que já queria mais e mais daquilo, me viciando no anime sem nunca ter ao menos visto uma única vez. De vez em quando, a revista dava um espaço maior a outras coisas, como X-men, Power Rangers, Superman e outros, mas quase sempre tinha alguma coisa sobre os tais cavaleiros do zodíaco.




Evolução

O tempo então foi passando e o sucesso aumentando, daí então os editores da revista viram que já era hora da HERÓI mudar, evoluir, crescer para algo ainda mais fantástico do que já era. Assim sendo, no N° 24 da informativa, nascia a HERÓI GOLD! A nova versão tinha mais páginas, maior conteúdo, promoções, qualidade melhor do papel em algumas páginas e ainda por cima, continuava o mesmo preço! O sucesso foi garantido, gerando ainda novas publicações que levavam o símbolo de qualidade HERÓI, como a HERÓI GAMES, a HERÓI SUPER, HERÓI SOM, MINI-HERÓI e a VILÕES. As matérias sobre cavaleiros já não eram tão freqüentes, embora ainda ocupassem um espaço de destaque nas revistas.
Este foi o ápice da publicação, o período de maior reconhecimento por parte do público e durou um certo tempo sem que grandes coisas mudassem.




Involução

O ótimo período durou até meados do centésimo número. Foi então que a revista começou a mudar novamente, só que desta vez, para pior ou, no mínimo, para algo sem a mesma magia. Não sei se por opção infeliz dos editores ou devido às centenas de “crias” da HERÓI que pipocavam  a cada dia, tornando a concorrência muito competitiva, mas a publicação começou a adotar medidas estranhas, diminuíram as páginas novamente, e de quando em quando saía uma edição em formato magazine, talvez para atrair mais leitores. Além disso, os conteúdos pareciam estagnados, se prendendo demais em guias de episódios de séries que estavam passando na TV na época. O fato é que parece que as idéias não deram muito certo e a peteca começava a cair.
Num último e desesperado esforço editorial, a publicação adotou de vez o formato magazine, o que elitizou um pouco o seu público, pois havia se tornado uma revista mais cara e com maior custo de produção. Este esforço ainda conseguiu que a HERÓI sobrevivesse por mais algum tempo, mas sem o mesmo brilho de outrora, até meados de 1998, quando foi cancelada.




Revolução

Por volta do ano 2000 (creio), surgia uma nova encarnação da extinta HERÓI, A HERÓI 2000. Era uma revista totalmente nova, com nova equipe criativa, nova editora, novo formato (formato americano de comics), o mesmo conteúdo de antes(lá estavam os cavaleiros de Athena outra vez!), mas que tentava resgatar a grandiosidade de outrora, com design arrojado e tendo em vista o que acontecia no mundo nerd naquele momento, sem aquele saudosismo da encarnação anterior. A idéia parecia ótima, e agarrada a um nome forte, rendeu algumas boas edições e durou um tempo razoável, mas creio que com o mal encarnado que a internet simboliza para esse tipo de publicações, com milhares de sites que falavam sobre os mesmos temas com apenas alguns clicks, a HERÓI acabou não conseguindo mais se estabelecer no mercado, tornando-se apenas em um mero site de qualidade duvidosa.






  
Os Filhos da HERÓI

                                                                    
Com o sucesso estrondoso que a HERÓI atingiu em seu primeiro ano de publicação, não demorou para outras editoras verem que poderiam lucrar com este novo seguimento de publicações e começou então uma verdadeira avalanche de “crias” da HERÓI nas bancas. HERÓIS DO FUTURO, ANIMAX, HQ MANIA, COMICS GENERATION, MANGA MANIA, SHOWMIX, são apenas alguns exemplos de revistas que surgiam a toda hora e que sumiam das bancas tão rápido quanto apareciam. As imitações não se intimidavam nem de ter o nome parecido, como é o caso, por exemplo, da HERÓIS DO FUTURO. O conteúdo também era praticamente o mesmo, tendo quase sempre Os Cavaleiros do Zodíaco como capa das edições. A HERÓIS DO FUTURO, foi uma das que mais se destacou e a que mais durou nesse mar de cópias da HERÓI, tendo matérias muitas vezes mais completas que a da própria fonte de onde sugavam.
Aos poucos essas imitações foram diminuindo e consequentemente, se extinguiram para sempre. Mesmo a tentativa da Editora Globo de publicar a revista americana WIZARD no Brasil, não obteve o retorno desejado.



Considerações Finais

A ironia é que o que a HERÓI e todas as suas variações ajudaram a criar; essa coisa do fã ir além de apenas ir comprar o gibi do homem-aranha do mês e sim também se interessar por quem escreveu e desenhou, que histórias marcantes tiveram anos antes e tal, acabou sendo o que talvez tenha sido o que causou o seu fim. Uma pena, pois para mim, a HERÓI pra sempre vai ser “A Revista que Mudou Tudo”.   


MAKING OFF:

                                               Pé ajudando a selecionar as revistas.


                                                 Pé ajudando a ensacar os gibis.

                                                 Alarico Bolseiro lendo "O Senhor das Rações"


                                                    " Um Anel para a todos incomodar"!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Voltamos

  O blog ficou duas semanas sem atualizações, mas creio que agora tudo voltará ao normal.
Foram duas semanas bem complicadas para nós, pois além dos problemas que já tínhamos, o Jackão com sua gripe incurável teve que ser internado, ficando quatro dias na casa da Dra Cristine, cheio de medicações pra tomar.



  Quando achavamos que estava tudo resolvido,  a gataria começou a espirrar, não queriam comer, foi ai que vi que era coisa séria, pois lá em casa a hora do rango é sagrada, é só dar um assobio e aparece gato de tudo quanto é lado. Falei com a Cris novamente e, más notícias, os bichanos pegaram o vírus do Jack Spirro, digo, Jack Sparrow. A boa notícia é que como são todos adultos ( o mais novo é o Pé com 6 meses), nenhum deles vai ficar com a doença crônica, soltando espirros com muco e tudo mais, basta eles tomarem a medicação e ficarão saudáveis daqui uns dias.




  E para fechar a semana bem, tivemos que encerrar o Jack dentro de casa para ele não sair na chuva. O Alarico, resolveu pular na única janela aberta, não conseguiu passar, voltou pra dentro derrubando tudo que estava por perto e, quando olho pro chão, tenho uma surpresa.O chão estava todo manchado de sangue. O gato perdeu a unha de uma pata! Agora além da tarefa dificílima de dar comprimidos pra gatos, pois todo mundo que tem um felino em casa sabe que é missão quase impossível fazer isso, tenho que colocar cicatrizante no pé do Gordinho.
Quando falo que meu gatos são "especiais" ninguém acredita.


sexta-feira, 1 de abril de 2011